domingo, 19 de fevereiro de 2017

Enfim, o ano da Pátria Educadora

Mente vazia

Qual o papel de um professor da rede pública de ensino na crise política e econômica brasileira atual? Seguir a íntegra apenas o conteúdo dos livros ou expandir o conceito de educador com diálogos livres, em que possa externa sua opinião sem medo?

Vai começar o ano letivo de 2017. Este será um ano singular e divisor de águas para a educação brasileira. Muitas coisas aconteceram entre 2014 e 2016 para desaguarmos neste momento histórico em que ser educador nunca foi tão politicamente importante. Quero dizer aos que me leem, que eu estou pronto! Não sei se a pátria está, mas devemos.
É importante lembrar que, passada a última eleição presidencial, a pátria foi educadora até o famigerado impeachment da presidenta eleita com 54 milhões de votos. Ao longo deste processo, tornamo-nos, educadores, de protagonistas de mudanças singulares no cenário político nacional a algozes e párias da nação.
Estamos agora no momento em que a pátria, antes educadora, nos combate. Subitamente passamos de importantes personagens da transformação social a algozes deformadores das crianças e dos jovens.
Tão logo passada aquela famigerada eleição presidencial, paralelo a campanha de difamação da candidata eleita, e de forma inusitada, surgiu um movimento social de elite extremamente preocupado com os caminhos da educação pública e com jovens e crianças à mercê de perigosíssimos educadores.
Illustration by Paul Weingarten
Vagamos por caminhos sombrios em busca de um lugar seguro, que nos permita sonhar

A transformação não será televisionada

Com este movimento nasceu um seguimento político autointitulado ‘Escola sem Partido’ e, com ele, passamos subitamente de uma classe a quem era importante valorizar e reverter injustiças sociais históricas, por sermos sistematicamente desvalorizados de nosso papel transformador, a indivíduos detratores da juventude e das crianças. Já houve parlamentar a nos comparar com aliciadores e estupradores. Enfim, chegamos ao fundo do poço.
Passamos de elite marginalizada e menosprezada pelo poder público a párias da sociedade. E eu me pergunto: qual a relação disto com as grandes transformações políticas que estamos passando, neste momento em que aquela presidenta eleita com 54 milhões de votos, que se propunha a uma “pátria educadora”, foi afastada, num jogo cheio de nuanças e cartadas jurídico-populistas, dando lugar a um governo comprometido com pautas conservadoras, ultra-neoliberais e defensor de monopólios empresariais, indiferente a sua inaceitação popular, ou até mesmo preferindo-a?
Digo-lhes: tudo!
Somos e devemos ser nós, os educadores, a grande oposição a tudo que se está desenhando no cenário político nacional. As tão propaladas reformas a que se incumbiu este novo governo dependem justamente de que as críticas e oposições sejam brandas e pairem nos ambientes legislativos como simples disse-me-disse. Não convém que personagens que tenham acesso a camadas populares da sociedade se posicionem neste sentido.
Estátua-de-sào-francisco
Estátua de São Francisco das Chagas, em Canindé, no interior cearense

Quem abrirá os olhos das vidas severinas?

O risco é que abramos os olhos das maiores vítimas desta reforma, que são as camadas mais carentes da sociedade. Aqueles a quem nem os políticos chegam, sob risco de contaminação. Aqueles cujo único contato com a civilidade se dá pela escola e pelo contato com educadores. Somos nós os elos e a ponte entre o mundo dos indefensáveis e o mundo dos que tem foro privilegiado. É preciso que nos destruam!
É preciso que nos calemos! Do contrário, as vidas severinas compreenderão que não mais se aposentarão, que direitos trabalhistas serão coisas do passado, e que sua miséria não será vontade divina, mas resultado de uma profunda transformação política que aspira a livre iniciativa de quem pode contra quem nenhum poder detém. Somos nós, os educadores, a persona non grata do grande golpe neoliberal.
Nosso trabalho nunca foi tão importante. É chegada a hora de sermos uma unidade, como uma só força contra quem nos quer calar.
O ano de 2017 tem de ser o ano da PÁTRIA EDUCADORA. Alguns de nós serão presos, mas “não há como ficar calado”, como nos disse Raduan Nassar!

Ketchup, manteiga, ovo, fruta: o que precisa ou não ficar na geladeira?

BBC
Afinal, o que deve ser refrigerado? Questão ainda gera muitas dúvidas e suscita debateimagem: BBC
As geladeiras normalmente ficam cheias de alimentos que poderiam ser armazenados do lado de fora. Então, por que tanta gente insiste em colocar quase tudo dentro delas? Uma rede britânica de supermercados reascendeu essa polêmica recentemente ao dividir parte do seu estoque de ketchup entre prateleiras convencionais e o refrigerador.

O Asda explicou pelo Twitter que tentou agradar os clientes. Foram ouvidas 2,6 mil pessoas em uma pesquisa da rede: 54% disseram que o ketchup deve ficar em temperatura ambiente, enquanto 46% afirmaram que deve ficar refrigerado.

Afinal, alimentos como ovos, manteiga e algumas frutas precisam necessariamente ficar o tempo todo refrigerados? Polly Russell, historiadora de alimentos do programa da BBC "Back in Time for Dinner" ("De Volta no Tempo para Jantar", em tradução livre), diz que refrigerar comida poderia ser considerado "bizarro" no passado.

Russell observa que muitas marcas britânicas, em especial de molhos e de ketchup, eram vendidas antes de as pessoas terem geladeira em casa. "No passado, famílias não tinham geladeiras, apenas caixas térmicas ou vasilhas com gelo, no caso dos ricos", recorda Russell. "Esses produtos eram salva-vidas para donas de casa, porque adicionavam sabor à comida"
O nível de acidez desses alimentos, junto ao seu conteúdo, que leva sal e açúcar, os torna microbiologicamente seguros para serem mantidos em temperatura ambiente.
BBC
Programa da BBC levou uma família para uma cozinha dos anos 1900imagem: BBC
O programa "Further Back in Time for Dinner" tenta reproduzir em detalhes uma época específica do passado e simular como as refeições eram preparadas e consumidas. As "cobaias" são famílias que topam participar do show e "voltar no tempo" para jantar em épocas em não existia eletricidade ou equipamentos sofisticados na cozinha. Na última temporada, a família Robshaw foi enviada para uma casa dos anos 1900. Vestidos com roupas da época, eles se deparam com uma cozinha com um armário e um recipiente estofado em vez de um refrigerador ou congelador.

Segurança alimentar
Isso começou a mudar por volta de 1961, quando 20% das famílias famílias britânicas já tinham uma geladeira em casa, segundo uma pesquisa de Russell. No entanto, na mesma época, metade das famílias já eram donas de um aparelho de TV.

Foi somente a partir de 1968 que metade dos britânicos passaram a ter geladeiras. Quase 70 anos depois, a maioria das pessoas é obcecada pelo aparelho. Russell avalia que agora há uma "grande ansiedade" sobre a segurança alimentar, o que faz com que a tendência seja resfriar alimentos mesmo quando isso não é necessário. "Os consumidores não confiam no que compram e ouvem mensagens contraditórias sobre o que é ou não seguro", diz.

Dentro ou fora?
O Serviço de Saúde do Reino Unido (NHS) faz algumas recomendações sobre a melhor forma de armazenar certos alimentos:
- Ketchup: pode ter a cor e o sabor alterados se ficar fora da geladeira, mas sua acidez garente que seja seguro consumí-lo mesmo assim.
- Tomates: perdem o sabor se forem refrigerados, porque a produção de enzimas é reduzida.
- Bananas: dentro da geladeira, aumenta o prazo para consumo, mas precisam amadurecer do lado de fora antes.
- Abacates: não amadurecem apropriadamente se forem refrigerados ainda verdes.
- Ovos: é melhor mantê-los na geladeira, assim, serão armazenados a uma temperatura constante.
- Sobras de alimentos: é preciso esperar que esfriem antes de colocá-las na geladeira, mas precisam ser consumidas em no máximo dois dias.
- Pão: podem ressecar e até envelhecer mais rápido dentro da geladeira, mas podem ser congelados.
- Cebolas e batatas: melhor manter em um armário fresco e escuro.
- Manteiga: mantenha no refrigerador, em especial as sem sal, mas pode ficar do lado de fora por um dia ou dois.

'Medo cultural'
Algumas pessoas estão tentando resistir a essa ânsia de guardar tudo refrigerado. "Se mais pessoas se dedicarem a preservar os alimentos, podemos reduzir a necessidade do uso da geladeira", diz Caroline Aitken, professora de preservação de alimentos de Dartmoor.

Aitken ensina sobre a permacultura, movimento que começou na década de 1970 e promove a autosuficiência, cultivando alimentos naturalmente e minimizando o desperdício. Emenda que existe um "medo cultural" de deixar o alimento fora do refrigerador e vê-lo estragar. Como solução, ela sugere a conserva de alimentos, usando sal e água. Para o caso de alguns doces, como geleia, ela propõe conservas açucaradas.

"Eu geralmente adiciono três colheres de sal para cada dois quilos de legumes triturados", diz ela. "O chucrute (conserva de repolho fermentado) e o kimchee (fermentado coreano de vegetais) são ótimos."

Aitken diz que as pessoas costumam exagerar ao guardar alimentos na geladeira, mesmo depois de cozidos. "Você tem como mantê-los frios do lado de fora", disse ela.
"Se eu faço um cozido, por exemplo, posso guardá-lo em um pote apoiado em um chão de pedra para comê-lo no dia seguinte", completa.

De acordo com o governo britânico, os custos de eletricidade para manter funcionando um refrigerador comprado em 2013 por aproximadamente 12 anos e meio é de aproximadamente 270 libras (R$ 1,1 mil).

Mas viver sem esse aparelho pode ser difícil. Até mesmo Aitken diz refrigerar algumas coisas, como seu iogurte caseiro. "Eu só não exagero: tomates, frutas cítricas e ovos não devem ficar na geladeira."

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Consórcio VILLAGE /AEGEA e GSI INIMA demonstram interesse na construção da rede de esgoto em Porto Velho

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Qual será o segredo de Rodrigo Maia?

Não importa que a candidatura de Rodrigo Maia seja inconstitucional. O mais grave é a forte possibilidade desse misto de incompetência, desonestidade política e pasmaceira ser eleito por dois anos como presidente da Câmara. Grave também é o despudor com que partidos como o DEM, o PT, o PCdoB e o PSDB, além, é claro, do governo, têm a coragem de se unir para apoiar essa criatura amorfa.
Qual será o segredo de Rodrigo Maia para torná-lo tão importante assim? Por certo não são seus predicados, por que ele não os tem. Será manipulabilidade? Se for, cedinho vai dar briga, com cada um puxando o cara para si.
Fica aí o mistério.