terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Departamento de Ciência Política da Unicamp planeja implantar, neste primeiro semestre, uma disciplina no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) para discutir o impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff (PT), em 2016. A proposta é semelhante a adotada pela Universidade de Brasília (UnB), mas ainda não foi definido se a "disciplina do golpe", como foi chamada pela instituição federal, fará parte da grade oficial ou será oferecida como livre, aberta ao público.
"O conteúdo vai ser um pouco distinto, tratando daquele contexto de 2016, tratando das políticas publicas e ações do atual governo [Michel Temer]", destaca Wagner Romão, chefe do Departamento de Política da Unicamp.
O curso na UnB recebeu o nome de “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, e terá o mesmo foco na estadual de Campinas, apesar de discutir também as ações do governo federal, inclusive no tocante à segurança pública e as eleições gerais.
Imagem mostra a ex-presidente Dilma Rousseff durante o desfile de 7 de setembro em 2015, no Rolls Royce (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)Imagem mostra a ex-presidente Dilma Rousseff durante o desfile de 7 de setembro em 2015, no Rolls Royce (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Imagem mostra a ex-presidente Dilma Rousseff durante o desfile de 7 de setembro em 2015, no Rolls Royce (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Segundo Romão, a proposta tem apoio de ao menos 20 docentes e nasceu em solidariedade ao professor Luis Felipe Miguel, que ministrará o curso na UnB.
A nova disciplina também é um reflexo das críticas publicadas, na semana passada, pelo ministro da Educação. Em sua conta no Twitter, Mendonça Filho criticou a proposta da universidade federal.
“Lamento que uma instituição respeitada e importante como a Universidade de Brasília faça uso do espaço público para promoção de militância político-partidária ao criar a disciplina 'O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil'”, disse Mendonça Filho.
Nesta segunda (26), a Comissão de Ética Pública da Presidência informou que o ministro terá dez dias para prestar esclarecimentos em processo que apura se ele cometeu abuso de autoridade no exercício do poder ao se manifestar contra o docente da UnB.
G1 entrou em contato com o Ministério da Educação e Cultura para falar da iniciativa da Unicamp, mas o órgão informou que não vai comentar o caso. Já a Reitoria da Unicamp destacou que o IFCH é livre para escolher o conteúdo dado aos alunos.
Ementa da disciplina 'o golpe de 2016', do curso de ciência política da UnB (Foto: Reprodução)Ementa da disciplina 'o golpe de 2016', do curso de ciência política da UnB (Foto: Reprodução)
Ementa da disciplina 'o golpe de 2016', do curso de ciência política da UnB (Foto: Reprodução)
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COMENTÁRIOS
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  • Mario Castelo
    HÁ UMA HORA
    Sou totalmente contra esse por ra de disciplina. Esta por ra , esta mer de instituição é sustentada com o dinheiro público, e deverá servir a todos e não a uma parte idolotra da sociedade.
    • Luiz Souza
      HÁ 42 MINUTOS
      "Direita roubar sem escrúpulos" ? kkkkkkkkkkkkkkkk ! Quem é da direita ? Alckmin ? Serra ? Aécio ?kkkkkkkkkkk....!! O socialismo vive da mentira...!
      • Marcelo Souza
        HÁ 17 MINUTOS
        Luiz analfabeto... Neoliberalismo e privatização com o roubo do dinheiro conquistado com a privatização é coisa da esquerda seu burro? A esquerda é nacionalista e as estatais seriam para gerar lucros e empregos para o país... Bandidos roubam as estatais desde sempre e na era FHC isso virou uma vergonha!

      quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

      Educação consome a maior fatia do orçamento do governo do Distrito Federal, e os vencimentos ficam com a parte do leão: hoje, professores da rede pública recebem salário médio de R$9 mil mensais. Esse valor é o maior do País e representa o triplo da média nacional de R$3.335, atestada pelo Instituto Nacional de Estudos Educacionais (Inep), em 2017. No governo do DF, Educação responde por um terço da folha.
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      O orçamento global da Secretaria de Educação do Rio Janeiro chega a R$3,9 bilhões, enquanto no DF só a folha salarial da Educação totaliza R$6,9 bilhões. O detalhe é que há 17 milhões de habitantes no Estado do Rio, e menos de 3 milhões em Brasília.
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      Os salários da Educação no DF custam mais que todo o orçamento do Amapá (R$ 5,8 bilhões) e o dobro de Roraima (R$ 3,6 bilhões).
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      Apesar desses custos espetaculares, o DF não tem sido citado exatamente como uma unidade da Federação que prioriza Educação.
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      Salário de professor deve ser cada vez melhor, mas ao menos Brasília deixou para trás o “coitadismo” que alimenta a pelegada dos sindicatos.