domingo, 26 de março de 2017
Margem de consignado descontado em salário de servidores municipais de Rolim de Moura não poderá ultrapassar 40%
A Prefeitura de Rolim de Moura (RO), a fim de evitar o endividamento excessivo dos servidores, o Executivo Municipal por meio da Lei Municipal nº 1059/2003, que dispõe sobre a autorização para desconto de prestações de empréstimos em folha de pagamento contraídos por servidores municipais de Rolim de Moura com Bancos e Instituições financeiras, previu de forma taxativa em seu art. 1º, § 2º, que a soma dos descontos não poderá exceder a 40% da remuneração mensal disponível.
A facilidade para contratação, a rapidez na liberação do dinheiro e a praticidade do desconto em folha, ou diretamente no benefício previdenciário, das parcelas pactuadas, são alguns dos atrativos que seduzem os servidores.
Tal medida, tem por escopo a preservação da família, diante da natureza alimentar e da proteção ao salário esculpido no artigo 7º, inciso X da CF/88. Onde sabiamente ao prever a limitação da margem consignável, tem o intuito de preservar uma parte suficiente do salário do trabalhador, para suprir suas necessidades e de seus familiares.
Entretanto, muitos bancos e instituições não respeitando a legislação têm efetuado descontos que superam o limite de 40% (quarenta por cento), absorvendo quase toda verba salarial e não preservando dessa feita um mínimo suficiente ao sustento do servidor.
Preocupado com essa situação a Administração Municipal limitará a consignar, em folha, apenas a margem de 40%, sobre o salário mensal, somando as vantagens.
BRASIL DA CORRUPÇÃO, DO CARNAVAL,DO JOGO DO BICHO, DAS MULATAS E DO FUTEBOL
sábado, 25 de março de 2017
PADRE MARCELO EMAGRECE COM MÉTODO POLÊMICO E AFASTA BOATOS DE CÂNCER; FÓRMULA NATURAL É SEGURA E REDUZ ATÉ 4KG POR SEMANA
Você pode não seguir uma religião, mas certamente já ouviu falar do Padre Marcelo Rossi. Famoso por inovar durante as missas e trazer o público para mais perto da igreja católica, o sacerdote ganhou relevância e fama nacional em programas de televisão com seu carisma e as músicas animadas.
Mas o que pouca gente sabe é que o arcebispo mudou de visual rapidamente e chegou a pesar apenas 58 quilos. O emagrecimento do Padre Marcelo aconteceu após ele aderir a um método polêmico, que reduz a ingestão de nutrientes e pode fazer mal à saúde.
Como consequência, o padre lançou um livro que fala sobre os dilemas da briga contra a balança e conta sua experiência. "Como as pessoas me viram muito inchado durante meses, estranham. Chegaram a dizer que eu estava com câncer", revelou o padre.
Mas o que pouca gente sabe é que o arcebispo mudou de visual rapidamente e chegou a pesar apenas 58 quilos. O emagrecimento do Padre Marcelo aconteceu após ele aderir a um método polêmico, que reduz a ingestão de nutrientes e pode fazer mal à saúde.
Como consequência, o padre lançou um livro que fala sobre os dilemas da briga contra a balança e conta sua experiência. "Como as pessoas me viram muito inchado durante meses, estranham. Chegaram a dizer que eu estava com câncer", revelou o padre.
Uma opção inovadora
Nessa vertente, tratamentos orgânicos surgem como opção saudável e, dependendo da fórmula, até mesmo rápida para solucionar o problema da obesidade. Recentemente, chegou ao Brasil uma fórmula inovadora que reúne o poder dos superalimentos com termogênicos naturais.
Sucesso absoluto nos Estados Unidos, as cápsulas de SlimCaps são a união de sementes de chia, cafeína, óleo de cártamo e outros nutrientes que aceleram a queima calórica naturalmente. Segundo depoimentos de usuários, é possível eliminar até 12kg em um intervalo de 30 dias.
Agindo diretamente no metabolismo, o tratamento de SlimCaps é dividido em duas fórmulas, uma para ser ingerida de dia e outra durante à noite. A primeira, acelera a queima calórica e reduz medidas; a segunda, serve para inibir o apetite e diminuir aquela vontade de comer besteira.
Sucesso absoluto nos Estados Unidos, as cápsulas de SlimCaps são a união de sementes de chia, cafeína, óleo de cártamo e outros nutrientes que aceleram a queima calórica naturalmente. Segundo depoimentos de usuários, é possível eliminar até 12kg em um intervalo de 30 dias.
Agindo diretamente no metabolismo, o tratamento de SlimCaps é dividido em duas fórmulas, uma para ser ingerida de dia e outra durante à noite. A primeira, acelera a queima calórica e reduz medidas; a segunda, serve para inibir o apetite e diminuir aquela vontade de comer besteira.
A história de Leandro
Paulistano do bairro da Mooca, Leandro sempre teve um prazer na vida: comer. Neto de imigrantes italianos, a gestor de vendas costumava sair com amigos toda semana para descobrir novos restaurantes e bares da capital paulistana.
"Eu devo ter passado uns 14 anos da minha vida na noite paulistana, em restaurantes diferentes e bares novos. Sempre tive o hábito de descobrir coisas novas e ir atrás de comidas que deixam aquele gostinho de quero mais, sabe? Mas isso teve um preço, depois dos 30 anos o metabolismo já não funciona igual antes e nem tudo que entra é queimado como nos vinte e poucos", conta gestor.
O tempo e os hábitos alimentares trouxeram 24kg a mais e o susto de subir na balança e ver esse aumento foi o principal fator motivacional para Leandro procurar uma solução. "Ah, tentei de tudo, desde dieta de sopa até medicamentos e nada funcionou comigo. Eu achava que o problema era o meu corpo".
A solução apareceu em novembro de 2015, quando viajou para os Estados Unidos durante as férias e conheceu aquele tratamento que mudaria sua vida. "Na época, era uma febre em Nova York, todo mundo usava e recomendava. Eu via propaganda em todos os lugares da cidade. Eu comecei a usar SlimCaps lá mesmo, durante a viagem e nunca mais parei. Trouxe alguns potes para o Brasil e descobri que já estava sendo vendido por aqui, desde então, perdi 42kg e recuperei meu corpo de muitos anos atrás", finalizou o paulistano.
"Eu devo ter passado uns 14 anos da minha vida na noite paulistana, em restaurantes diferentes e bares novos. Sempre tive o hábito de descobrir coisas novas e ir atrás de comidas que deixam aquele gostinho de quero mais, sabe? Mas isso teve um preço, depois dos 30 anos o metabolismo já não funciona igual antes e nem tudo que entra é queimado como nos vinte e poucos", conta gestor.
O tempo e os hábitos alimentares trouxeram 24kg a mais e o susto de subir na balança e ver esse aumento foi o principal fator motivacional para Leandro procurar uma solução. "Ah, tentei de tudo, desde dieta de sopa até medicamentos e nada funcionou comigo. Eu achava que o problema era o meu corpo".
A solução apareceu em novembro de 2015, quando viajou para os Estados Unidos durante as férias e conheceu aquele tratamento que mudaria sua vida. "Na época, era uma febre em Nova York, todo mundo usava e recomendava. Eu via propaganda em todos os lugares da cidade. Eu comecei a usar SlimCaps lá mesmo, durante a viagem e nunca mais parei. Trouxe alguns potes para o Brasil e descobri que já estava sendo vendido por aqui, desde então, perdi 42kg e recuperei meu corpo de muitos anos atrás", finalizou o paulistano.
Perguntas Frequentes Sobre SlimCaps
- Onde Comprar?Clique aqui e conheça o site oficial http://slimcaps.com.br Ou então, você pode ligar para a central de atendimento e fazer seu pedido VENDAS: 4020-3302
- Possui contraindicações?SlimCaps não é indicado apenas para lactantes, gestantes, ou crianças. Por ser um produto composto exclusivamente de ingredientes naturais, não possui nenhum efeito colateral e não tem nenhuma contra-indicação a consumidores fora desse grupo.
- Em quanto tempo recebo SlimCaps na minha casa?O prazo médio de entrega para o Brasil é de 1 a 5 dias úteis. O produto só é enviado após a confirmação do seu pagamento pela administradora do seu cartão de crédito.
- Como usar o SlimCaps?Slimcaps Day Formula:
Tome de uma a duas cápsulas ao acordar. Preferencialmente, ingeri-las com muito líquido.
Slim Caps Night Fórmula:
Consumir de 1 a 2 capsulas após as 16 horas. Prefencialmente, ingeri-las com muito líquido. - Tem garantia?Sim, se você não gostar do produto a empresa devolve integralmente o valor do produto.
- Quais as formas de pagamento?Cartões de crédito mais usados: visa, mastercard e outros ou boleto bancário através da central de vendas: 4020-3302.
- Os estoques de SlimCaps poderão esgotar?Recebemos recentemente a informação de que a demanda está muito alta e que os estoques poderão se esgotar a qualquer momento. Recomendamos que você encomende o seu SlimCaps antes que isso aconteça.
- Quero perder somente alguns quilos, também posso tomar?Sim. O SlimCaps é um produto indicado para pessoas que desejam perder qualquer quantidade de peso.
- Existe risco de "efeito sanfona" (voltar a engordar se parar de tomar)?Não. O efeito sanfona acontece quando a pessoa é privada de muitos alimentos e com SlimCaps a pessoa pode comer sem restrições.
sexta-feira, 17 de março de 2017
Prato do dia: tiras de frango produzidas em laboratório Por Jacob Bunge | Dow Jones Newswires O gosto de fato é parecido com o do frango, conforme pessoas que receberam amostras do produto para degustação Uma startup da Califórnia voltada ao setor de alimentos anunciou ter criado as primeiras "chicken strips" do mundo (tiras de frango, em geral ser
Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link http://www.valor.com.br/agro/4902810/prato-do-dia-tiras-de-frango-produzidas-em-laboratorio?origem=G1&utm_source=g1.globo.com&utm_medium=referral&utm_campaign=materia ou as ferramentas oferecidas na página.
Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.
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quinta-feira, 16 de março de 2017
Composta em um bordel marroquino e um enorme sucesso nos 70s, música Seasons in the sun ganhou diversas versões, de Nirvana a Westlife; mas minha emoção recaiu sobre a releitura feita por Terry Jacks, com participação dos Beach Boys.
Fotografia de capa: Michael Ochs
Ao ouvir pela primeira vez a música Seasons in the sun, na versão do canadense Terry Jacks, senti um misto de tristeza e consolo.
A letra fala de um homem jovem e convalescente, despedindo-se de um amigo, do pai e da filhinha Michelle. Mas o tom de conformação e aceitação superava a dor daquela partida eminente, como os versos que dizem: “assim como as estações, o vinho e a canção se vão”.
Agora, ao reescutá-la, resolvi pesquisar sobre a mesma, pois a sensação de placidez evocada é tamanha, que pensei se tratar de algo verídico. Fiquei surpresa ao saber da curiosa história por trás daquela música, a qual envolvia até mesmo os Beach Boys (especificamente Brian Wilson e Al Jardine).
Origem da música foi em um bordel marroquino
Tudo teve início quando Terry Jacks ouviu a primeira versão em inglês da música Le Moribond, batizada de Seasons in the sun, gravada em 1963, pelo Kingston Trio (a letra original foi escrita pelo poeta e compositor belga Jacques Brel, e gravada em 1961), e sentiu vontade de reescrever alguns versos da letra e também fazer novos arranjos.
Le Moribond foi escrita num bordel, em Tânger, conforme o próprio Brel confidenciou a Jacks, e a letra original era sarcástica e um tanto quanto macabra, sobre um homem idoso, que estava morrendo de amargura pela traição da esposa Françoise com seu amigo Antoine.
Ele se despede deles e enfatiza que “estava partindo de olhos fechados, aqueles mesmos olhos que já haviam se fechado antes”, e tinha certeza de que Antoine “iria cuidar de sua esposa”; aconselhando-os a continuar se divertindo, rindo e dançando à vontade, após ele ser sepultado.
Jacks tinha motivos para regravar a música com as alterações que fez. Um grande amigo estava com leucemia, à época, a quem os médicos deram apenas seis meses de vida (mas ele morreu quatro meses depois de descobrir a doença).
Jacks ficou arrasado com a passagem do amigo e resolveu oferecer Seasons in the sun como um presente póstumo.
Perfeccionismo de Brian Wilson paralisou projeto
Após ter reescrito a última estrofe, mexido em versos e feito novos arranjos, ele levou a fita para Brian Wilson (seu produtor) escutar, e ajudá-lo a melhorá-la, pensando que a voz de Carl Wilson cairia como uma luva para aquela versão mais sentimental.
Porém, o famoso perfeccionismo do líder dos Beach Boys tornou as sessões de gravação exaustivas, estressando Jacks.
Jacks abortou o trabalho com Brian Wilson e passou a bola para Al Jardine (guitarrista dos Beach Boys), que fez backing vocals na versão final, gravada pelo próprio Jacks, em 1973, através de seu selo Goldfish Records (chegando aos Estados Unidos pela Bell Records, gravadora que tinha em seu catálogo artistas de sucesso, como Barry Manilow e Lobo).
Música fez sucesso no mundo todo
Ninguém tinha ideia do quanto a música iria estourar, não apenas no Canadá, como também nos Estados Unidos, Inglaterra, Dinamarca, França, Bélgica, Suíça, Áustria, Noruega, Alemanha, Holanda, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.
Foram três semanas consecutivas no 1º lugar na famosa lista da revista Billboard, tornando-se uma das mais rentáveis músicas feitas no Canadá (foram vendidas mais de 285 mil cópias do single em questão de semanas), e chegando a vender 14 milhões de cópias do single pelo mundo a fora.
Apesar da deficiência vocal (ele mesmo não se considerava bom cantor), Jacks ganhou o prêmio Juno, o Grammy canadense, de Vocalista Masculino do Ano, em 1974.
No mesmo ano de sucesso meteórico, Brel, o compositor da música original, se aposentou, pois já vinha lutando contra um câncer, e faleceu em 1978 (que coincidência!).
O interessante é que Jacks manteve os créditos de compositor para Jacques Brel e Rod McKuen (que fez a tradução para o inglês, gravada pelo Kingston Trio), pois quando alterou letra e melodia, não tinha ideia do sucesso e dos royalties que viriam.
Com o dinheiro que faturou com sua versão de Seasons in the sun, Jacks comprou um barco (nada mais justo do que batizá-lo de forma homônima à canção) e começou a navegar pra cima e pra baixo, entre o Canadá e o Alasca. Nesses passeios, ele alega ter tido algumas revelações, até se tocar que tudo aquilo tinha sido obra divina.
Até o Nirvana regravou Seasons in the sun
Jacks desistiu da música, tornou-se cristão e ambientalista (iniciou uma luta contra as fábricas de papel canadenses, as quais acusou de destruir e despejar toxinas nas florestas – chegando mesmo a produzir e estrelar alguns filmes sobre o assunto).
E como ficaram os Beach Boys nessa história? Eles inseriram uma versão de Seasons in the sun no álbum Merry Christmas from the Beach Boys (com a primeira tradução de McKuen, mas com arranjos de Brian Wilson), que seria lançado no final de 1978, mas a Warner o vetou (algumas canções que estariam no álbum só saíram em 1998, no CD Ultimate Christmas, e Seasons in the sun foi uma das limadas).
As versões mais recentes não podiam ter sido feitas por grupos mais contrastantes: Nirvana, em 1993, (mas nunca lançada na discografia oficial) e Westlife, em 1999.
Boa parte dessas informações colhi no Song Facts, um site excelente para quem deseja conhecer a história de letras de músicas, de ontem e de hoje.
quarta-feira, 15 de março de 2017
sábado, 11 de março de 2017
Apartheid anunciado
O último censo registrou, pasmem, que cerca de um quarto da população carioca vive em locais desprovidos de infraestrutura e urbanização
O fato de as cidades preservarem referências materiais e imateriais das sociedades estratificadas em seu território ao longo da História não impede que a sua estrutura urbana seja transformada constantemente para se adaptar às contingências dos novos tempos.
Os exemplos mais significativos desse processo de transformação urbana ocorreram na Europa, durante a segunda metade do século XIX, em consequência do advento da Revolução Industrial e da expressiva migração populacional do campo para as cidades. Londres e Paris foram paradigmas desse momento de transformações generalizadas.
Não obstante o sucesso dessas realizações, ficou claro que o conjunto da sociedade não havia sido contemplado paritariamente com a maioria das benfeitorias introduzidas. Este fato provocou a reação de pensadores e políticos que reivindicaram para a classe operária melhores condições de moradia e maior humanização nos ambientes de trabalho. Sem dúvida, os movimentos reivindicatórios contribuíram para obter avanços, que, contudo, não atenderam satisfatoriamente a algumas questões sociais relevantes.
Com a chegada do século XX e a consolidação da nova sociedade industrial, o pensamento dominante se voltou para a produção em massa de bens de consumo com o objetivo de movimentar a economia e atender a todos os extratos sociais. Mas, na realidade, esse objetivo não foi alcançado plenamente. O acesso às benesses da industrialização esbarrava, geralmente, no baixo poder aquisitivo da classe operária, envolvida, principalmente, com seus problemas de aquisição da moradia e subsistência.
No Brasil, essas questões continuam presentes nos dias de hoje, impondo sacrifícios injustificados para as camadas mais pobres da população. A dificuldade para adquirir um imóvel nas áreas urbanizadas, por absoluta falta de recursos e indisponibilidade de obter financiamentos compatíveis com a sua renda, não deixou outra opção a essas camadas da população senão a de ocupar informalmente as franjas da cidade, isto é, os morros, as margens de rios e outras áreas devolutas espalhadas pela periferia.
O último Censo registrou — pasmem — que cerca de um quarto da população carioca vive em locais desprovidos de infraestrutura e urbanização. E ainda tem gente que fala em remover as favelas. Para onde? Todavia, viver em comunidades sem saneamento básico, sem espaços compatíveis para circulação, sem coleta de lixo, sem um sistema regular de transporte e ainda por cima sujeito à ditadura de traficantes e milicianos, é um escárnio se compararmos com o ambiente urbano existente em outras localidades. A ausência do Estado nesses territórios, além de significar a negação de um direito constitucional conferido a todo cidadão brasileiro, mostra o absoluto desprezo da sociedade pelas camadas mais pobres da população.
Em meio ao tiroteio ideológico que marca atualmente a política brasileira, vemos, de um lado, um desgastado comportamento ideológico a defender medidas ultrapassadas para reverter tal situação e, de outro, os arautos do mercado a negar a necessidade de intervenção do Estado em áreas carentes da cidade. Enquanto os primeiros restringem a sua ação a um imobilismo conservador, os defensores da outra corrente se preocupam unicamente em melhorar a imagem da cidade para gerar novos e rentáveis investimentos.
Se não priorizarmos imediatamente os investimentos urbanos e sociais nessas comunidades, assistiremos, em breve, ao esgarçamento do tecido social, à violência urbana descontrolada e ao fim do convívio pacífico em nossa sociedade. Para quem ignora ou despreza o apartheid escancarado em nossas cidades, recomenda-se que circulem pelos subúrbios e periferias para constarem, in loco, o abismo que separa essas áreas do restante da cidade. Há que se refletir e agir solidariamente — Estado e sociedade — para corrigir, enquanto é tempo, os desvios que levam a esta triste realidade.
Crianças na favela do Mandela, Rio de Janeiro (Foto: Vladimir Platonow / ABr)
Luiz Fernando Janot é arquiteto e urbanista
quarta-feira, 1 de março de 2017
Folha Política: Para defender Lula, Gilberto Carvalho agride a ...
www.folhapolitica.org/2017/02/para-defender-lula-gilberto-carvalho.html
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