Leite: o que esse aliado pode fazer para seu filho crescer saudável
Por ANDREZA EMÍLIA MARINO
Talvez você não se lembre da primeira vez que tomou leite, quando era bebê. Mas, certamente, vai recordar de outras tantas vezes em que uma caneca quentinha preparada por sua mãe ajudou a embalar seu sono. Ou quando ele foi parte da vitamina de frutas para repor as energias após a tarde de brincadeiras.
Puro, com chocolate, quente, morno, gelado para refrescar, o leite é passado de geração em geração, e é muito mais do que uma simples bebida. Isso sem falar de seus derivados ou quando aparece na receita de bolos e sorvetes.
A ingestão do leite é muito importante para a saúde, pois ele contém proteínas que auxiliam na construção dos tecidos, ajudam na preservação dos músculos, cabelos, unhas e demais partes do corpo. Possui vitaminas como A, B e D, que protegem os olhos, fornecem energia e otimizam a concentração, além de combater a anemia e, principalmente, fortalecer os ossos.
Seus minerais favorecem o processo de cicatrização e melhoram o sistema imunológico (ajudam a sarar logo os arranhões e a dar adeus aos resfriados!).
Achou pouco? Saiba que existem estudos que ligam o leite ao sono de qualidade, pois contém substâncias naturalmente calmantes (de novo, pense na caneca que toda mãe sabe preparar). Outras pesquisas passaram a ligar a insuficiência de cálcio ao favorecimento do ganho de peso na fase adulta.
Ingerir leite nas diferentes fases da vida contribui para o desenvolvimento tanto físico, quanto intelectual. Começa no leite materno, que é completo e fornece os anticorpos necessários ao pleno desenvolvimento do bebê. Quando a criança já se alimenta, o leite continua exercendo papel de destaque.
De acordo com a nutricionista e mestre em Ciências da Saúde pela Unifesp Elaine de Pádua, é fundamental a criança ingerir em torno de três copos de leite por dia. “O pico de massa óssea acontece entre 9 e 11 anos, geralmente. Se o aporte não é feito de maneira suficiente, a criança poderá ter, no futuro, comprometimentos como osteopenia ou osteoporose ¬- doenças que deixam os ossos porosos, menos densos e mais frágeis, sujeitos a um maior risco de fraturas, além de causar muita dor”, explica.
Crianças precisam de mais leite
“As crianças e adolescentes brasileiros estão consumindo menos leite do que o recomendado”, sentencia Elaine. Ela comenta também que a ingestão de alimentos ricos em cafeína, por exemplo, inibe a absorção do cálcio. “Refrigerantes à base de cola são inimigos”, diz.
Um engano comum das mães é oferecer leite ou derivados após a ingestão de proteínas. “O cálcio do queijo do hambúrguer não vai ser contabilizado, por exemplo. Do mesmo modo, aconselho esperar uns 30 minutos para oferecer um iogurte após a refeição.”
A nutricionista recomenda a ingestão do leite integral. “Na infância, a criança precisa ingerir mais gorduras do que nas demais fases da vida. Ela deve receber leite desnatado apenas em casos de restrições dietéticas, sugeridas por pediatra ou nutricionista.”
Fuja dos modismos
Outro aspecto importante é que os pais não devem se deixar influenciar por modismos. “Intolerância à lactose e alergia à proteína do leite precisam ser diagnosticadas e tratadas adequadamente, sem achismos. Os pais não podem simplesmente cortar um alimento tão importante da alimentação de seus filhos sem acompanhamento adequado. O cálcio desse leite fará falta depois.”
E quando a criança não gosta de leite?
Para a especialista, a criatividade das mães é fundamental nessa hora. “Vale tudo para que os pequenos recebam cálcio. Sugiro acrescentar frutas, chocolate, oferecer mingaus e os derivados, como iogurtes, manteigas e queijos”, conta. Vegetais de coloração verde escura e grãos, como o feijão, também são fonte de cálcio, mas precisam ser consumidos em grande escala para atingir a recomendação diária. “Ninguém cumpre esse papel melhor do que o leite”, frisa Elaine.
Conhece alguma amiga, mãe como você, que adoraria receber essas dicas? Compartilhe então com ela esta matéria!
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