SERVIÇO
NACIONAL DE PRENDIZAGEM INDUSTRIAL
UNIDADE
SENAI CACOAL
CURSO
TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
REBECA
MARINHO DE OLIVEIRA
CACOAL-RO
2016
REBECA
MARINHO DE OIVEIRA
ORIENTAÇÕES
AO ATENDIMENTO INICIAL DE CRIANÇAS APÓS ACIDENTES EM ESCOLAS
Artigo Cientifico
apresentado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, Unidade
Cacoal como requisito parcial para obtenção de titulo de Técnico em Segurança
do Trabalho.
Prof. Orientador: Magno
Alexandro Pavim
CACOAL-RO
2016
REBECA
MARINHO DE OLIVEIRA
ORIENTAÇÕES
AO ATENDIMENTO INICIAL DE CRIANÇAS APÓS ACIDENTES EM ESCOLAS
Artigo Cientifico
apresentado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, Unidade
Cacoal como requisito parcial para obtenção de titulo de Técnico em Segurança
do Trabalho.
Prof. Orientador: Magno
Alexandro Pavim
COMISSÃO
EXAMINADORA
_____________________________________
Professor
Orientador Magno Alexandro Pavim
SENAI
- Cacoal
_____________________________________
Professor
XXXXXXXXXXXXXX
SENAI
- Cacoal
_____________________________________
Professor
XXXXXXXXXXXXXX
SENAI
- Cacoal
Cacoal,
11 de abril de 2016
ORIENTAÇÕES
AO ATENDIMENTO INICIAL DE CRIANÇAS APÓS ACIDENTES EM ESCOLAS
Rebeca Marinho De Oliveira1
Magno
Alexandro Pavim2
RESUMO
Resumo: Acidentes com crianças são comuns no ambiente escolar, com
possibilidade de sequelas graves para o indivíduo, família e sociedade. Essas
crianças são socorridas geralmente por professores e outros funcionários muitas
vezes despreparados para um atendimento inicial de urgência, o que pode
comprometer significativamente as chances de recuperação, bem como acrescentar
maiores lesões ao trauma sofrido. Visto a pouca disponibilidade de treinamento
para leigos no atendimento inicial de acidentes em nosso país, a
disponibilidade de material de fácil acesso e interpretação para consulta pode
auxiliar os profissionais da educação nessa tarefa. Este trabalho pretende elaborar um material básico de
consulta, de fácil acesso e interpretação, descrevendo os principais incidentes
e como abordá-los em um primeiro momento. Com esse propósito foi realizado
pesquisa bibliográfica e após abordados os temas de maior relevância.
Palavras-chave:
Acidente
infantil; Escola, Crianças, Primeiros Socorros.
INTRODUÇÃO
Acidente
pode ser definido como um “evento não intencional e evitável, causador de
lesões físicas e/ou emocionais no âmbito doméstico ou nos outros ambientes
sociais, como o do trabalho, do trânsito, da escola, de esportes e o de lazer”
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Acidentes
são comuns especialmente em crianças, sejam domésticos ou no ambiente escolar,
principalmente durante os períodos livres, intervalos para lanche e recreação,
dentre os quais grande parte acontece na escola, sendo mais de um terço
relacionados a atividades esportivas e recreativas (COMMITTEE ON INJURY AND
POISON PREVENTION. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS, 1997).
______________________________________________
1. Rebeca Marinho De Oliveira
2. Magno Alesxandro
Pavim
Incidentes na infância podem gerar um impacto social muito
grande não apenas pela sua frequência, mas também pelas sequelas geradas nesse
período de desenvolvimento físico e psicológico, modificando não só a vida do
indivíduo, mas de toda a sua família. Pode haver como consequência o
absenteísmo e o insucesso escolar sendo, portanto, um problema educacional e de
saúde pública (SENA, 2006)
O
primeiro passo a ser tomado em relação aos incidentes com crianças apoia-se na
prevenção, realizada pelo cuidado com o ambiente e modificação de hábitos de
vida. Uma vez ocorrido o acidente, deve ser prestada pronta e corretamente a
assistência para cada caso. Um atendimento inicial inadequado pode reduzir as
chances de sobrevivência e recuperação dessas crianças, ou mesmo piorar um
quadro determinando lesões adicionais ao trauma sofrido.
Dessa
forma, mostra-se essencial que os professores e demais profissionais envolvidos
nos cuidados de crianças no ambiente escolar estejam preparados para prestar
uma assistência imediata apropriada enquanto aguardam o socorro por
profissionais especializados. Os professores necessitam estar orientados para
atuar nos primeiros socorros, devido primeiro atendimento possibilitar o
salvamento de vidas (SENA et al, 2008).
O
investimento em educação em saúde de urgência, com capacitação dos funcionários
das escolas em todo o território nacional é necessário, como um processo
continuado de aprendizagem e reciclagem de seus conhecimentos. Na ausência ou
até a concretização desse projeto, podem ser elaborados materiais de consulta
para auxiliar os profissionais nessa tarefa.
Visto a pouca disponibilidade de treinamento para leigos no
atendimento inicial de acidentes em nosso país, a disponibilidade de material
de fácil acesso e interpretação para consulta pode auxiliar os profissionais da
educação nessa tarefa.
Com o intuito de auxiliar o atendimento inicial de
acidentes com crianças em idade escolar pelos profissionais da educação, este
trabalho pretende elaborar um material básico de consulta, de fácil acesso e
interpretação, descrevendo os principais incidentes e como abordá-los em um
primeiro momento. Com esse propósito foi realizado pesquisa bibliográfica e
após abordados os temas de maior relevância.
DESENVOLVIMENTO
Crianças
podem se envolver em diversos tipos de acidentes durante o tempo de permanência
no ambiente escolar. A seguir estão apresentadas algumas situações que devem
ser levados em consideração.
Engasgo
O
engasgo consiste na entrada de algum corpo estranho (líquido ou sólido) nas
vias aéreas de uma pessoa, causando reação de tosse intensa e dificuldade em
respirar que pode progredir para completa obstrução à passagem de ar para os
pulmões com incapacidade de respirar, seguida de parada respiratória, cardíaca
e a morte.
Crianças
com obstrução incompleta apresentam tosse vigorosa e dificuldade respiratória
leve, sem perda da permeabilidade da via aérea. Não há rouquidão ou
incapacidade de fala ou tosse, nem cianose ou alteração do nível de
consciência. Nesses casos deve ser acionado o serviço de emergência, além de
estimular a tosse, acalmar a criança e mantê-la em observação até chegada do
socorro especializado. Não devem ser realizadas manobras para desobstrução de
via aérea, uma vez que elas podem deslocar o corpo estranho, transformando uma
obstrução parcial em completa, muito mais grave.
Na
criança com obstrução completa desde o início do quadro ou piora clínica
enquanto aguarda socorro, porém ainda consciente, devem ser iniciadas
imediatamente manobras de desobstrução. Nesses casos são observados dificuldade
ou ausência de fala, tosse silenciosa, aumento importante da dificuldade
respiratória, respiração ruidosa, agitação ou sonolência.
Em
crianças maiores de um ano com obstrução completa, mas conscientes, deve ser aplicado
a manobra de Heimlich, que consiste em abraçar a vítima pelas costas, apoiando-a
em seu corpo, fechar a mão dominante em punho e posicioná-la sobre o meio do abdome
da vítima, acima do umbigo, colocar a outra mão sobre esta e realizar
compressões rápidas para dentro e para cima ao mesmo tempo, até saída do corpo
estranho. Se a criança estiver inconsciente iniciam-se as medidas de reanimação
cardiopulmonar descritas em outra seção (MS, 2014).
Febre
A febre alta é
superior a 39ºC que pode ser prejudicial à saúde e até mesmo levar a
convulsões, entre crianças de 6 meses há 6 anos.
Quando a criança
apresenta febre elevada é necessário retirar o excesso de roupa, molhar uma
toalha em água fria e passar na testa, nuca e axilas, várias vezes seguidas, se
a febre persistir, dar um banho com água em temperatura ambiente.
Anote a que horas
a febre começou e qual era a temperatura. Não dê nenhum medicamento a criança antes
de saber o que está causando a febre, pois alguns medicamentos são
contraindicados e podem ser prejudiciais em algumas doenças.
Se a febre não
diminuir com estes cuidados ou se além da febre a criança apresentar outros
sintomas, como enjoo, tontura, sensação de desmaio ou irritabilidade leve-o ao
médico (FRAZÃO, 2015).
Convulsão
Convulsão consiste na mudança súbita
de comportamento provocada pelo excesso de atividade elétrica no cérebro.
Dependendo da região do cérebro afetada, há uma variedade de sintomas em um ataque
convulsivo, alguns
deles podem causar desmaios, movimentos espasmódicos e
tremedeiras pelo corpo.
Alguns sintomas ocorrem como sinais de alerta para uma
convulsão,
Sentimentos súbitos de
medo ou ansiedade, sentir-se mal do estômago, Tontura, Alterações na visão, esses sintomas podem
ser seguidos de uma crise, em que a vítima pode perder a consciência, seguida
por confusão, ter espasmos musculares incontroláveis, babar ou espumar pela
boca, cair, ficar com um gosto estranho na boca, cerrar os dentes, morder a
língua (que pode sangrar), ter movimentos oculares rápidos e súbitos, fazer ruídos
estranhos, como grunhidos, perder o controle da função da bexiga ou intestino,
mudar de humor repentinamente.
Nesses casos é necessário, deitar
a criança no chão, de lado, para evitar que se engasgue com saliva, vomito ou
secreções, proteja a cabeça da criança com um travesseiro, para evitar que se
machuque, afrouxe um pouco as roupas da vítima para que ela respire melhor, limpe
o excesso de salivação com um pano limpo, nunca coloque a mão dentro da boca da
vítima, ela está sofrendo contrações musculares e irá mordê-lo, após a
convulsão, é normal que a vítima sinta sonolência e durma,
Em alguns casos a convulsão pode causar danos cerebrais
se for recorrente, por isso deve ser tratada de imediato. ( CABOCLO, 2013)
Sangramento
nasal
Depois
de uma hemorragia nasal começar, é instintivo colocar um bloco de gelo, toalha
fria, ou começar a apertar a parte (osso) superior do nariz da criança para
tentar parar o sangramento, mas nenhuma dessas coisas é útil, a melhor coisa a
se fazer é inclinar a cabeça da criança para a frente e deixar o sangue escorre
de seu nariz em uma toalha, isso não vai parar o sangramento mas vai evitar que
a criança engasgue com o sangue.
Para
parar o sangramento, é preciso aplicar uma leve pressão no local onde o
sangramento está acontecendo, que é geralmente na parte inferior (cartilagem)
do nariz abaixo do osso nasal. Tenha em mente que o objetivo não é
simplesmente apertar as aberturas do nariz, mas sim aplicar pressão sobre o
vaso sangrante dentro do nariz. Sinta onde o osso termina e aperte
levemente o nariz inteiro entre o polegar e o dedo indicador. Quando feito
corretamente, em 95 por cento dos casos deve ser suficiente para parar o
sangramento.
Contanto
que você mantenha a pressão sobre o nariz inteiro, não vai sangrar. Quando
o nariz é comprimido a criança tem de respirar pela boca, com seu nariz
fechado, respirando exclusivamente através da boca, a criança pode queixar-se
de estalos nos ouvidos ou a boca seca, mas avise-a que se você soltar, em
breve, o sangramento vai começar de novo.
Segure
a parte inferior do nariz fechado por pelo menos cinco minutos, e na maioria
dos casos este será tempo suficiente para formar o coágulo de sangue. Crianças
mais jovens devem ter um indivíduo para efetuar a compressão no nariz delas,
mas as crianças mais velhas podem ser ensinadas a manter a pressão. Se o
nariz continua a sangrar, procure ajuda médica. (Setubal,2014?)
Hemorragias
Hemorragia externa é o tipo de sangramento
exterior ao corpo, que é vista facilmente. Pode ocorrer em camadas superficiais
da pele por corte ou perfurações, ou mesmo atingindo áreas mais profundas
através de aberturas ou orifícios gerados por traumas.
É necessário manter e transmitir a calma diante da
situação, passando à vítima confiança, deite a criança em posição horizontal,
pois facilita a circulação sanguínea entre o coração e o cérebro, aplique sobre
o corte, perfuração ou ferimento, uma compressa com gaze, ou um pano limpo (se
possível antes, use luvas descartáveis, a fim de evitar possíveis
contaminações), fazendo uma pressão firme sobre o local com uma ou com as duas
mãos, ou mesmo com um dedo, ou ainda uma ligadura, dependendo do tamanho e do
local do ferimento, se o pano ou gaze ficar encharcado com sangue, este não
deve ser trocado, mas mantido no lugar e colocado outro por cima, para não
interromper o processo de coagulação do sangue que está sendo contido, continuar
a compressão até que a hemorragia estanque (no mínimo 10 min.),em seguida, faça
uma ligadura compressiva (que é um curativo bem preso e com certa pressão sobre
a região afetada) no local da hemorragia.
Durante todo esse processo, deve-se manter a vítima calma
e acordada, não dar nada para comer ou para beber e mantê-la aquecida.
Nos casos de hemorragias muito constantes deve-se
transportar a vítima imediatamente a uma unidade de saúde mais próxima.
(HEMORRAGIAS...,2015?)
Queimaduras
Em caso de
acidente envolvendo queimaduras, o primeiro cuidado é extinguir a fonte de
calor, ou seja, impedir que permaneça o contato do corpo com o fogo, líquidos e
superfícies aquecidas, entre outras causas do acidente.
Em seguida,
procure lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, de
preferência por tempo suficiente até que a área queimada seja resfriada, não
passe no local atingido nenhum produto ou receita caseira. Qualquer substância
que seja passada sobre a pele queimada vai irritá-la. Há também o alto risco de
infecção por bactérias, fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira
natural do organismo a pele está danificada, não aplicar nenhum tipo de pomada,
medicamento no local atingido, não tente estourar as bolhas provocadas pela
queimadura, elas se manifestam nas queimaduras de segundo grau e devem ser
manuseadas apenas por um profissional especializado. Não devem ser rompidas,
estouradas ou mesmo esvaziadas com uma agulha.
Outro cuidado necessário
é retirar acessórios, como pulseiras e anéis, pois a parte afetada do corpo
incha naturalmente após uma queimadura e esses objetos podem ficar presos.(GRANINI,NOVAES,SOUZA,2012)
Desmaio
Desmaio
ou síncope se refere à perda repentina e transitória da consciência e do tônus
postural, seguida de recuperação imediata e espontânea, sem sequelas (Benditt,
1998). O desmaio na criança pode acontecer devido ao calor, desidratação ou
esforço físico, quando ela está em ambientes fechados e em dias de calor ou até
quando está brincando no sol.
Para
prestar socorro à uma criança que apresentou desmaio, primeiramente é
necessário identificar o quadro e diferencia-lo de outras situações mais graves
como coma e parada cardiorrespiratória. A vítima deve ser chamada pelo seu nome
vigorosamente, associada a um toque firme no ombro para avaliar a
responsividade, período no qual é observado também se há movimentos
respiratórios. Se não há consciência ou movimentos deve ser iniciado a
reanimação cardiopulmonar descrita adiante em outra seção.
Se a
criança está respirando deve ser colocada em observação em posição e
recuperação (de lado) para não engasgar enquanto aguarda socorro especializado,
enquanto são realizados ainda outros cuidados, como levantar as suas pernas
pelo menos 40 cm, deixar a via aérea (boca nariz) aberta, livre de obstruções,
afrouxar roupas apertadas e manter a criança aquecida.
Parada
Cardiorrespiratória e Reanimação Cardiopulmonar
Parada
cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida como a interrupção súbita e brusca
da circulação sistêmica e ou da respiração, e representa um evento incomum em
crianças. Identificar prontamente uma situação em que esteja indicada Reanimação
Cardiopulmonar (RCP) é essencial para aumentar a chance de sobrevivência e
redução de sequelas. Essa avaliação é feita pela verificação da responsividade
e movimentação respiratória da vítima. Se a criança estiver consciente ou apresentar
respiração regular, não necessita de RCP.
O
socorrista leigo deve assumir que está diante de uma situação de parada
cardiorrespiratória se a criança estiver inconsciente e sem respiração ou apenas
com “suspiros” (gasping) e iniciar RCP. Quando há mais de uma pessoa para
prestar atendimento, deve ser iniciada a RCP e ativado o serviço de emergência
simultaneamente. Quando há apenas uma pessoa presenciando o colapso, o
socorrista deve deixar a vítima para pedir ajuda com um Desfibrilador
automático externo (DEA) e só então retornar para iniciar as compressões
torácicas imediatamente.
Se a criança
foi encontrada já em PCR (não presenciada) e há um único socorrista, este deve iniciar
RCP a um ciclo de 30 compressões e 2 respirações por aproximadamente 2 minutos
(5 ciclos) antes de deixar a vítima e ativar o serviço de emergência. Quando
houverem 2 ou mais socorristas disponíveis a sequência entre as compressões
torácicas e ventilação muda para 15:2.
A RCP
se inicia pelas compressões torácicas, após ser verificado a segurança do local
e posicionado a criança em superfície plana e rígida (pode ser no chão), a qual
deverá estar deitada, de costas para baixo, com o socorrista posicionado verticalmente
por cima da criança com o braço estendido em ângulo de 90 graus com a vítima. As
compressões torácicas serão realizadas com as duas ou apenas a mão dominante
(se criança muito pequena) na metade inferior do externo, osso localizado no
meio do tórax.
As compressões
devem ser realizadas a uma frequência de 100 a 120 por minuto, eficazes, com afundamento do tórax em 1/3 de
seu diâmetro anteroposterior, permitindo seu retorno completo após cada
compressão, que não devem ser interrompidas por mais de 10 segundos. No momento
em que o DEA estiver disponível deve ser utilizado conforme as instruções de
cada aparelho.
A
respiração boca a boca ou por meio de dispositivos deve ser realizada
intercalada com as compressões torácicas nas frequências já descritas. É
importante manter a via aérea permeável, realizando extensão da cabeça e
elevação do queixo. Com uma mão é realizado o fechamento do nariz (se boca a
boca) e com a outra a abertura dos lábios da criança. O socorrista inspira e
coloca a sua boca ou dispositivo à volta da boca da criança, selando-a para
evitar qualquer saída de ar e insufla lentamente o tórax da criança por cerca
de cerca de 1 a 1,5 segundos, observando sua expansão. Após, avalia a descida
do tórax à medida que o ar é expelido.
O
Suporte Básico de Vida mantém-se até que a vítima acorde/se movimente ou que a
ajuda especializada chegue e substituía o atendimento realizado até o momento.
Afogamento
Retirar
rapidamente a vítima da água com uma boia, se não puser em risco a sua própria
vida, chamar uma ambulância ou SAMU ligando para o 192, se a vítima estiver
inconsciente e não respirar, começar imediatamente a fazer respiração boca a
boca e massagem cardíaca até a vítima voltar a respirar, virar a cabeça da
vítima para o lado para que ela consiga expelir a água ingerida, como mostra a
imagem, deitar a criança de lado, em posição lateral de segurança, caso ela
comece a respirar, tirar a roupa molhada e aquecer a vítima com cobertores ou
bolsas quentes, aguardar a chegada da ambulância e ajuda médica.
A vítima,
geralmente, apresenta pulso fraco, perda de consciência e queda de temperatura.
Pode ter a pele de cor azulada ou extremamente pálida. (Sn,2014)
Traumas
Graves
O trauma cranioencefálico (TCE)
compreende desde as lesões do couro cabeludo até aquelas da caixa craniana
(ossos do crânio) ou do seu conteúdo (o encéfalo). No ambiente escolar, as
principais causas de TCE são as quedas, especialmente de lugares altos e as
pancadas na cabeça, que podem ocorrer quando o escolar bate a cabeça em móveis,
brinquedos do playground, parede ou porta, ou mesmo durante brincadeiras ou
atividades esportivas.
Considerar
como trauma leve os casos em que o mecanismo de trauma sugerir que ocorreu um
impacto leve na cabeça, mesmo que tenha provocado pequenos ferimentos (abertos
ou fechados) no couro cabeludo, sem história ou sinais de outras lesões
associadas.
Realizar
a avaliação inicial da vítima;
Cuidar
dos ferimentos encontrados;
Encaminhar
o escolar para o Pronto Socorro de referência
Avaliar
a cena do acidente;
Acionar
o SAMU 192;
Realizar
a avaliação inicial da vítima;
Cuidar
das alterações que ameacem a vida;
Considerar
a possibilidade de lesão da coluna cervical;
Manter
a estabilização manual da cabeça e do pescoço;
Manter
a vítima em observação constante até a chegada do SAMU 192;
Estar
atento para detectar sinais de deterioração das condições neurológicas:
alterações da consciência (por exemplo, estava consciente e passa 81 Primeiros
Socorros em Acidentes a ficar sonolenta ou evolui para inconsciência),
agitação, agressividade, confusão mental ou outras alterações de comportamento,
além de convulsão e vômitos;
Se a
vítima vomitar, virá-la em bloco (ver orientações no capítulo de “Trauma
Raquimedular”) para um dos lados (preferencialmente o esquerdo), estabilizando
a coluna cervical, para evitar que o conteúdo do vômito seja aspirado e atinja
as vias aéreas;
Controlar
eventuais hemorragias do couro cabeludo: cobrir com gazes ou pano limpo se
houver ferimentos; não comprimir ou apertar os ossos da caixa craniana (pois,
se houver fraturas, os ossos poderão penetrar no cérebro);
Não
retirar objetos encravados no crânio;
Não
tentar impedir a saída de líquidos pela orelha ou pelo nariz, mas apenas cobrir
com gaze para absorver o fluxo;
Se a
vítima apresentar parada respiratória ou cardiorrespiratória, iniciar
imediatamente as manobras de suporte básico de vida para ressuscitação
cardiopulmonar (ver Capítulo “Parada Respiratória e Cardiorrespiratória”),
mantendo-as ininterruptamente até a chegada do SAMU 192.
O trauma raquimedular (TRM) compreende o
trauma da coluna vertebral (parte óssea) e da medula espinhal (parte nervosa).
Se não for reconhecido e atendido adequadamente no local do acidente, o TRM
pode resultar em lesão irreparável e causar deficiências neurológicas
definitivas (como paralisias), pois não ocorre a regeneração do tecido nervoso
e a medula lesada não pode ser recuperada. Algumas vítimas podem sofrer um
trauma que não lese de imediato as fibras nervosas da medula; entretanto, a
lesão pode surgir posteriormente, em consequência do movimento da coluna.
Algumas lesões medulares ocorrem por manipulação inadequada na cena do acidente
ou durante o transporte. Daí a importância do correto atendimento no local.
Avaliar
a cena do acidente;
Acionar
o SAMU 192;
Realizar
a avaliação inicial da vítima;
Manter
a estabilização manual da cabeça e do pescoço (estabilização manual da coluna
cervical) conforme Figura;
Cuidar
das alterações que ameacem a vida;
Manter
a vítima em observação constante até a chegada do SAMU 192, com atenção
especialmente voltada para alterações da respiração e da consciência;
Manter
a vítima calma e aquecida;
Se for
necessário mudar a posição da vítima, esta deve ser mobilizada em bloco, de
acordo com a técnica descrita a seguir.
MOVIMENTAÇÃO
DA VÍTIMA COM SUSPEITA DE TRM Diante da suspeita de TRM, somente movimentar a
vítima (mudá-la de posição) nos casos em que houver:
Comprometimento
da permeabilidade das vias aéreas por vômitos, sangue ou obstrução por objetos,
língua, etc.;
Parada
respiratória ou cardiorrespiratória;
Na
ausência destas duas situações, a vítima deverá ser mantida na posição em que
foi encontrada, realizando-se os procedimentos necessários sem mudá-la de
posição.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Desta
forma entende-se que é necessário o treinamento básico em primeiros socorros
para profissionais na área da educação, assim caso ocorra um eventual acidente
esse treinamento será utilizado para prestar os socorros necessários a criança.
Através desse conhecimento será evitado medidas imprudentes que podem vir a
acarretar sequelas permanentes na vida da criança.
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Acesso em 8 de abril de 2016.
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cardiovascular of cardiovascular medicine medicine. New York: . New York:
Lippincot LippincotRaven 1998:1807 1998:1807-1832.
CABOCLO, Convulsão. Disponível em:
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/convulsao>. Acesso
em 8 de abril de 2016.
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PEDIATRICS. Injury control in children care, preschool, school, and camp
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Acesso em 8 de abril de 2016.
José Luiz
Setubal, Sangramentos nasais em crianças.
Disponível em: < http://www.hospitalinfantilsabara.org.br/saude-da-crianca/informacoes-sobre-doencas/abc-saude-infantil/S/sangramentos-nasais-em-criancas/>.
Acesso em 8 de abril de 2016.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 1. Emergências
Clínicas. 2. Emergências Traumáticas. 3. Emergências Pediátricas. 4.
Emergências Obstétricas. 5. Procedimentos. 6. Protocolos Especiais.
MINISTÉRIO da Saúde.
Política nacional de redução da morbimortalidade por acidentes e violências –
2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2005. 64 p. – (Série E.
Legislação de Saúde)
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<http://delas.ig.com.br/filhos/guia-basico-de-primeiros-socorros-em-criancas/n1597703286877.html>.
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http://primeiros-socorros.info/tecnicas-de-assistencia-a-vitima/reanimacao-cardiopulmonar.html
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Acesso em 9 de abril de 2016.
Sociedade Brasileira de Queimaduras, Primeiros Socorros e Cuidados.
Disponível em:< http://sbqueimaduras.org.br/queimaduras-conceito-e-causas/primeiros-socorros-e-cuidados/>. Acesso em 9 de abril de 2016.
SENA, S, P. A representação social dos acidentes
escolares por educadores em escola de 1ª a 4ª série do ensino fundamental, Belo
Horizonte, 2006.
Dissertação (Pós-Graduação em Ciências da Saúde) - Faculdade de Medicina da
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Serviço Nacional de
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2014/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Porto Velho, RO:2014.
Saúde, Convulsão.
Disponível em: <http://saude.ig.com.br/minhasaude/primeirossocorros/convulsao/ref1237829462965.html>.
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TUASAÚDE, O que fazer em caso de afogamento. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/o-que-fazer-em-caso-de-afogamento/>.
Acesso em 10 de abril de 2016.
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